Não saber é a graça de viver
Atingi um ponto na minha vida em que não me importo mais com o que vai acontecer daqui pra frente. É a chegada da abençoada maturidade! Algumas pessoas, em especial as mulheres, têm a mania de decidir – com anos de antecedência – como será o casamento, quem vai celebrar, o que vai vestir, quantos filhos vai ter, onde vai morar... E assim por diante, sem nem ao menos ter encontrado a pessoa ainda. Eu mesma já fiz muito isso e, se não saísse conforme o planejado, a frustração era enorme. Até que um dia simplesmente parei de pensar.
Às vezes, confundo o “parar de pensar” com o “parar de querer”. O que, de fato, significa que não quero pensar. Não quero tentar adivinhar o que vai acontecer. O que tiver dentro do meu alcance, com certeza será feito. Caso contrário, deixo “os deuses” decidirem por mim. Afinal, não depende de você querer. Se tiver que ser, vai ser independente da sua vontade. Os seres humanos se acham os donos da verdade, quando, na realidade, são apenas figurantes na história do universo.
É o “não pensar”, o “não planejar” que te leva a desbloquear os caminhos da vida. No fim das contas, nada será exatamente como queremos. Isso costuma dar aquele friozinho na barriga como num passeio louco de montanha russa no escuro. Não sabemos o que nos espera no final da curva. E dá um medo danado, eu sei. Principalmente, quando você costuma ser ansioso, impaciente e controlador. Mas, ao mesmo tempo, nos divertimos e curtimos o passeio.
Não deixe de querer, mas também não deixe de aproveitar cada momento só porque está focado em um objetivo específico. Relaxe, confia e viva! E não se preocupe que, ao final do percurso, tenha certeza de que você sairá extasiado, de pernas bambas e o mais importante: feliz.


